ANTI MOFO

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Última fábrica de vinis do Brasil vai fechar



Bom, não é nada certo, mas é provável. Eu nem sabia que só existia uma fábrica por aqui.


Texto originalmente publicado no Vitrine.

A Poly Som é a única fábrica de discos de vinil que ainda existe - e resiste - no Brasil. Mas isso pode não durar muito tempo. A empresa tem enfrentado dificuldades financeiras em função das altas taxas de importação do acetato, matéria prima na produção dos LPs, além de um mercado no qual os formatos físicos perderam de vez sua primazia.

A produção de vinis da Poly Som é praticamente artesanal. Criada em 1999 por Nilton José Rocha, a Poly Som surgiu na contramão da tecnologia. Quando todos abandonavam de vez o formato, a empresa começou a apostar na produção das bolachas e acabou por conquistar a simpatia de diversos artistas. O mais recente álbum de Caetano Veloso, “Cê”, foi um dos lançamentos da Poly Som. Os DJs Renato Cohen e Ramilson Maia também tiveram suas músicas gravadas em vinil pela Poly Som. Atualmente, as maiores demandas da fábrica estão entre as bandas de rock, hip hop e rap, além dos DJs.

Apesar desse saudosismo que sensibiliza bandas e artistas e de um certo charme que o vinil sempre consegue imprimir a um lançamento, a simpatia não é suficiente para garantir a permanência da empresa no mercado. Nos últimos anos, a Poly Som viu sua produção cair assustadoramente: em 2004 produziram 43 mil discos, em 2005 foram apenas 32 mil e no ano passado a produção não chegou a 24 mil.

O ministério da Cultura propôs um projeto para que a empresa receba incentivos fiscais da Lei Rouanet. A idéia é permitir a redução fiscal em 50%, diminuindo os custos para que a empresa não feche as portas.

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